Teatro de Sombras pelo 2ºC

A partir da observação de obras de arte, de alguns artistas conhecidos, os alunos do 2ºC escolheram trabalhar a partir da obra de Salvador Dali, intitulada "A Tentação de Santo António" (1946).

Ao analisarem a obra de forma livre, vieram à criatividade dos aluno muitas ideias que foram organizadas numa história narrativa, e posteriormente exploradas num teatro de sombras que aqui apresentamos.

Texto Narrativo:

A viagem dos elefantes

Era uma vez quatro elefantes gigantes que viviam numa cidade muito grande. Com o tempo, a poluição dessa cidade começou a aumentar, porque os outros animais deitavam lixo para o chão, e enchiam o ar com fumo das suas fábricas e automóveis. Os elefantes já não aguentavam mais e, como estavam muito tristes, decidiram viajar.

Um deles disse:

- Ouvi dizer, que para lá do “Deserto dos Santos”, existe uma praia onde vivem apenas elefantes e todos respeitam a natureza.

Fizeram-se então à estrada. Caminharam durante muitos dias até que entraram no “deserto dos Santos”.

Fazia muito calor e os elefantes estavam cheios de sede. Foi quando ouviram ao longe, aquilo que parecia o relinchar de um cavalo, e resolveram seguir o seu som. Encontraram um cavalo muito zangado aos pinotes.

- O que se passa contigo amigo cavalo?

- Foram dois homens que me assaltaram e me levaram os potes que eu tinha com água.

- Nós também temos imensa sede!

- Se me ajudarem a apanhar aqueles bandidos, dou-vos parte da minha água.

Os elefantes concordaram. Seguiram as pegadas dos homens até à sua tenda no meio do deserto. Mal eles sabiam o que lhes ia acontecer. Os elefantes gigantes soltaram barridos assustadores das suas trombas e os homens fugiram em pânico, deixando a água para trás.

O cavalo partilhou a sua água com os elefantes, como tinha prometido, mas tinha de seguir o seu caminho e, então, despediu-se dos seus novos e gigantes amigos.

Os dias foram passando e os elefantes avançavam pelo “Deserto dos Santos”. Mas a sede já voltava às suas gargantas e o vento quente do deserto secava as suas trombas. Cada dia que passava parecia que o sol estava mais quente e os pobres elefantes mal se aguentavam em pé com a fome, sede e cansaço. Estavam desesperados.

Foi quando avistaram uma luz ao longe. Ao princípio parecia uma miragem, mas à medida que se aproximavam, perceberam que era um homem. Quando o alcançaram compreenderam que era um senhor, muito magro, quase nu, com uma auréola na cabeça e que esperava por eles.

- Vejo que enfrentaram grandes dificuldades e aguentaram o terror do deserto. Para procurarem o vosso destino, sigam a ilha voadora e encontrarão a vossa praia.

Os elefantes olharam para cima e viram uma ilha voadora luminosa.

- Obrigado. Agradeceram os elefantes

- Deve ser por isto que se chama a este deserto o “Deserto dos Santos”. Aquele homem foi um santo.

Eram 4 elefantes

Pelo Deserto dos Santos

Encontraram um cavalo

Decidiram ajudá-lo

Mas a sede a aumentar

Sem nada encontrar

Mas uma luz se avistou

E assim lhes falou

Sigam aquela ilha voadora

E assim confiantes

Lá foram os elefantes

Será que encontrarão

Aquela praia livre de poluição...

Seguiram a ilha durante três dias e finalmente avistaram outros elefantes e a praia com que sonhavam. Ficaram todos muito contentes, soltando barridos de alegria.

Viveram felizes para sempre, respeitando a Natureza naquela praia livre de poluição.

Teatro de Sombras : "A Viagem dos Elefantes" pelo 2ºC.