12/01/2011

Teatro de Sombras 3ºB

Depois de um processo muito interessante que passou pela escolha de duas obras de arte e respectiva construção criativa de histórias narrativas, a turma do 3ºB criou marionetas para teatros de sombras muito divertidos.

A partir da obra de Miró, os alunos criaram a seguinte história e teatro:

Animais à solta
Há muito, muito tempo atrás, no tempo em que os animais falavam, havia um grupo de animais que vivia no Jardim Zoológico de Barcelona. Eles eram todos muito alegres e estavam sempre malucos para a brincadeira. Havia uma Girafa só com um olho que estava sempre a olhar para todo o lado. Havia uma Borboleta bailarina que estava sempre a fazer piruetas, um Pavão muito vaidoso, uma Águia com chifres, um Pássaro sem asas e uma Minhoca marreca e engraçada.
Um dia a borboleta resolveu abrir as jaulas dos seus amigos. Todos saíram muito rápido para ninguém os ver, e foram pé ante pé para ninguém os ouvir. Já fora do Jardim Zoológico, tocou o alarme, mas a Águia com chifres chamou as suas amigas que viviam livres em Barcelona, e estas apanharam os animais e levaram-nos a voar até à selva.
Ficaram todos muito alegres por estarem livres no seu habitat natural. Por todo o lado só se ouviam sons de araras e macacos.
Foi quando a Girafa só com um olho avistou uma clareira e o Pássaro sem asas disse:
- E se fizéssemos lá um piquenique?
Todos disseram que sim! O Pavão foi buscar cocos e voltou todo orgulhoso porque tinha apanhado os melhores cocos de toda a selva. A Minhoca apanhou bananas, a Borboleta trouxe sumo de laranja e a Águia com chifres encontrou uma planta que dava cerveja de chocolate. Colocaram tudo sobre uma toalha, montaram o piquenique e puseram música rock que era a preferida de todos.
De repente, quando estavam muito animados, ouviram um rugido de leão. Ficaram todos cheios de medo, correram para trás das árvores e ficaram à espreita. Foi quando chegou uma surpresa: apareceu um leão também todo animado a dançar a música deles!
- Eu não vos quero fazer mal. Só quero dançar a vossa música! Disse o Leão.
A pouco e pouco, o grupo de animais foi saindo de trás do arvoredo e foram falar com o leão.
- Pregaste-nos cá um susto! Disse a Girafa.
- Desculpem! Eu estava a passear aqui perto, a cantar a minha canção da tabuada, e ouvi a vossa música.
- Canção da Tabuada? Perguntou a Minhoca.
- O que é isso? Acrescentou o Pavão.
- É uma canção que todos os animais da selva conhecem! Começa assim:

É uma canção animada.
É a canção da Tabuada
E aprender para mim não custa nada!

2 x 6 é igual a doze
Mas o macaco enganou-se
É só multiplicar diz o Urso Polar

6 x 7 são 42
Chegaram as vacas e os bois
É só multiplicar dizem os caracóis

3 x 7 são 21
Foi o cálculo do Gnu
É só multiplicar não há que enganar

3 x 8 são 24,
Sabe a galinha e sabe o pato
É só multiplicar diz o gato.

É uma canção animada.
É a canção da Tabuada
E aprender para mim não custa nada!

E todos ficaram a cantar e a divertir-se com a canção da tabuada, vivendo felizes na selva mais animada do mundo.





FIM







A partir da obra de Malangatana, os alunos criaram a seguinte história e teatro:


O assalto
Um dia, um grande vilão chamado Sr. Cabeçudo, resolveu fazer uma festa com um grupo de mauzões seus amigos: o Esqueleto, o Monstro, a Sra. Veias, o Homem de Duas Cabeças e o Sr. Do Cabelo Comprido.
Estavam todos em grande animação, ao som de música maluca, quando o Sr. Cabeçudo e informou que iriam assaltar o Banco Central de Moçambique. Todos adoraram a ideia.
Resolveram construir um carro foguete para poderem fazer o assalto e fugir de forma muito veloz. Juntaram um monte de metal e ossos, e montaram o carro.
No dia combinado, arrancaram a toda a velocidade, mas o carro avariou-se e desmontou-se todo. Tiveram a ideia de ir de bicicleta, mas quando já estavam perto do banco, furaram-se os pneus e deram um grande trambolhão.
Ainda com dores, decidiram ir a pé até ao banco. A Sra. Veias prendeu o guarda com os seus vasos sanguíneos e o Homem de Cabelo Comprido tapou-lhe a cabeça para ele não ver nada.
Os restantes mauzões entraram no banco e o Homem de Duas Cabeças gritou:
- Isto é um assalto! Disse uma das suas cabeças.
- Ninguém se mexa! Acrescentou a outra.
As pessoas no banco, assustadas, colocaram as mãos no ar.
O Sr. Cabeçudo e o Monstro entraram no cofre e agarraram quatro sacos cheiinhos de Meticais, que é como se chama o dinheiro de Moçambique, e rapidamente, evaporaram-se do banco, fugindo para o seu esconderijo.
Estavam todos muito felizes, quando abriram os sacos e viram que estavam vazios.
- Ooooohhhh! Exclamaram todos.
- Nem um Metical. Disse o Monstro.
O esqueleto meteu os ossos da mão dentro dos sacos, e reparou que todos tinham um buraco, por onde o dinheiro tinha caído.
Foi um assalto furado.


FIM







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